Eleições em Itália

Jogo empatado

A coligação de Luigi Bersani venceu por uma pequena margem as eleições legislativas realizadas domingo e segunda-feira, 24 e 25, em Itália.

O centro-esquerda foi o mais votado quer para a Câmara de Deputados (10 047 507 votos e 29,54%) quer para o Senado (9 686 398 votos e 31,63 por cento).

No entanto, se no primeiro caso, o prémio dado ao vencedor garante a Bersani uma maioria de 340 lugares, num total de 630, já no que respeita ao Senado ficou longe da maioria, obtendo apenas 113 lugares de um total de 315.

A segunda força mais votada para a Câmara dos Deputados foi a coligação de Sílvio Berlusconi (9 923 100 votos, 29,18% e 124 lugares). No Senado, embora com uma votação inferior ao centro-esquerda (9 405 786 votos e 30,72 por cento) é a formação com mais representantes (116).

A terceira força e grande surpresa destas eleições é o Movimento Cinco Estrelas, do actor Giuseppe Piero Grillo, que recolheu 25,55 por cento e 108 lugares (8 688 545 votos) para a Câmara dos Deputados e 23,79 por cento e 54 lugares (7 285 648 votos) para o Senado.

Segue-se a formação de Mário Monti, quarta força na câmara baixa do parlamento (3 591 560 votos, 10,56 por cento e 45 lugares) e no Senado (2 797 451 votos, 9,13 por cento e 18 lugares).

Em quinto lugar ficou a coligação Revolução Civil, que reuniu a Refundação Comunista e o Partido dos Comunistas Italianos, a Itália dos Valores e outros movimentos cívicos. Para a Câmara dos Deputados, a coligação obteve 765 054 votos e 2,24 por cento, sem eleger nenhum deputado. Para o Senado, recolheu 549 987 votos e 1,79 por cento, igualmente sem nenhum eleito.

Embora com maioria na Câmara dos Deputados, o centro-esquerda de Bersani terá de procurar uma coligação no Senado, órgão que dispõe das mesmas prerrogativas que a câmara baixa, para viabilizar a eventual formação de um governo e evitar novas eleições.

A taxa de participação alcançou 75,19 por cento no sufrágio para a Câmara dos Deputados e 75,11 por cento para o Senado.



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