No 36.º Congresso do PCF

O PCP fez-se representar no 36.º Congresso do Partido Comunista Francês, que decorreu de 7 a 10 de Fevereiro, nos arredores de Paris, sob o lema «A força da partilha», palavra de ordem que decorre da integração do PCF na Frente de Esquerda, que integra também o Partido de Esquerda de Jean-Luc Mélenchon e outras organizações, com proveniências e referências ideológicas diversas.

O Congresso contou com a participação de 766 delegados que intervieram no debate em torno da «base comum de discussão», projecto intitulado «É ocasião para reacender as estrelas» (verso de Guillaume Apollinaire), documento que foi designado como «Humanisfesto» do Partido Comunista Francês.

No debate destacou-se a questão da Frente de Esquerda, tendo-se expressado opiniões de sentido diverso. Procedeu-se ainda à aprovação dos Estatutos e foi eleita a nova direcção do PCF que é composta por 166 membros, em que 12 representam duas tendências minoritárias. A nova Comissão Nacional tem uma composição paritária e Pierre Laurent foi reeleito secretário nacional.

No Congresso estiveram presentes várias dezenas de delegações estrangeiras de todos os continentes que foram calorosamente saudadas pelos congressistas, assim como as intervenções do embaixador da Palestina e do representante do Fórum de S. Paulo. O apontamento cultural, denunciando o recente assassinato de três mulheres curdas em Paris, foi um momento particularmente emotivo.

Importante significado teve a intervenção de um intelectual do Mali que, condenando a intervenção estrangeira, se referiu aos interesses geopolíticos e geoestratégicos da guerra que está a ser imposta ao seu país e ao seu povo.

Em representação do PCP, Manuela Bernardino, membro do Secretariado do CC e da Secção Internacional, teve um encontro com Marie-Georges Buffet, membro da direcção do PCF e deputada na Assembleia Nacional. 



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