Oriundos de vários países da Europa, designadamente da Alemanha, Bélgica, Luxemburgo e Holanda, para além de França, os manifestantes desfilaram pelas ruas da cidade francesa de Estrasburgo, com grandes imagens do líder curdo, bandeiras e dísticos em defesa de um «Curdistão livre».

À cabeça do desfile, dezenas de mulheres envergavam t-shirts brancas com retratos das três activistas curdas assassinadas em Paris, em 8 de Janeiro, nas instalações do Centro de Informação Curda.

«Sem mulheres, não há paz». «Exigimos justiça, prestem-nos contas», lia-se num dos cartazes em alusão à morosidade das autoridades francesas na investigação dos culpados pela bárbara execução.

«Já não temos confiança nas autoridades francesas porque, passado mês e meio dos assassínios, continuamos sem saber quem foram os responsáveis, não sabemos nada», declarou à agência AFP, Mahmoud Erol, da Associação Cultural da Mesoptâmia.

Com efeito, até ao momento, a polícia francesa apenas deteve para interrogatório um cidadão turco de 30 anos, apresentado como suspeito do crime, que afirma pertencer ao PKK.

Os manifestantes protestaram ainda contra a operação realizada pelas polícias espanhola e francesa contra independentistas curdos e pediram a libertação dos 17 detidos na semana passada em Bordéus e em Toulouse.

A diáspora curda manifesta-se todos os anos em Estrasburgo, por esta altura, para exigir a libertação de Abdullah Ocalan, preso pela Turquia em 15 de Fevereiro de 1999.