Patrões confrontados
O Sindicato da Hotelaria e Turismo do Sul iniciou ontem uma série de acções de protesto, junto de estabelecimentos cujos donos são dirigentes de associações patronais dos sub-sectores de hotéis, restaurantes e cantinas. O sindicato da Fesaht/CGTP-IN pretende assim confrontar os patrões com a situação de bloqueio, vivida nas negociações da contratação colectiva.
Foram anunciados protestos no Hotel Ritz e restaurante Solar dos Presuntos (ontem), no Hotel Tivoli e restaurante Pabe (hoje), no Hotel Altis e no restaurante Balcão do Marquês (amanhã), no Hotel Sheraton e na Pastelaria Versailles (dia 18), no Hotel Vila Galé Estoril (dia 19) e na Itau-Gertal, em Alfragide (dia 20).
Para este sábado, dia 16, a Feviccom/CGTP-IN anunciou que foram marcadas greves de 24 horas na Saint Gobain Sekurit e na Cobert Telhas. Em ambos os casos, a luta tem por objectivos a negociação de aumentos salariais, o pagamento de feriados e horas extra de acordo com a contratação colectiva, o respeito por outros direitos individuais e colectivos, a defesa das funções sociais do Estado e a mudança de Governo e de política.
O aumento dos salários, em um euro por dia, e a fixação do subsídio de refeição em seis euros, como reivindicam os trabalhadores da cadeia de supermercados LIDL, justificam-se ainda mais porque não houve actualização salarial em 2012, refere o CESP/CGTP-IN, na «folha sindical» em distribuição desde o final de Janeiro. De entre as reivindicações, o sindicato destaca ainda o respeito pelas regras em vigor, particularmente quanto a horários (quer os «sacos de horas» positivas e negativas, quer as alterações diárias de horário), mas também no que respeita a pressões e ameaças para que os trabalhadores aceitem redução da carga horária e do salário.