Morales nacionaliza eléctricas

Uma questão de equidade

O presidente boliviano, Evo Morales, encerrou o ano com o anúncio da expropriação das acções da espanhola Iberdrola em duas distribuidoras de electricidade nas regiões de La Paz e Oruro.

As políticas de Morales têm o apoio do povo

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Ao apresentar a decisão, Morales afirmou que o seu governo foi «obrigado a tomar esta medida para permitir que as tarifas do serviço eléctrico sejam equitativas» nas referidas províncias e que «a qualidade do serviço eléctrico seja uniforme nas zonas rurais e urbanas.

Trata-se, acrescentou, de garantir «o direito humano dos cidadãos que vivem nas zonas rurais.» E citou o caso de La Paz onde a tarifa urbana é de 0,63 bolivianos (cerca de sete cêntimos) por quilowatt/hora, enquanto na zona rural sobe para 1,59 bolivianos (cerca de 17 cêntimos).

As empresas nacionalizadas, Electropaz e Elfeo, para além da empresa de serviços Edeser e da Companhia Administradora de Empresas, detidas em cerca de 90 por cento pelo grupo espanhol Iberdrola, passam a ser geridas pela Empresa Nacional de Electricidade (ENDE) em representação do Estado boliviano.

Já em Maio passado o governo tinha expropriado as acções detidas pela Red Eléctrica Espanhola (REE) na Transportadora de Electricidad (TDE). Em 2010 assumiu o controlo de duas produtoras de electricidade pertencentes à francesa GDF Suez e à britânica Rurelec.

Várias outras nacionalizações tiveram lugar nos últimos anos, designadamente do gás em 2006, das telecomunicações em 2008, dos cimentos, minas, bem como de uma quinzena de empresas petrolíferas.

A política de nacionalizações e as melhorias no campo social, designadamente a redução da idade da reforma, gozam do apoio maioritário da população. De resto, os resultados das políticas do governo de Evo Morales são incontestáveis. Segundo dados da ONU, a pobreza diminuiu de 61 para 49 por cento entre 2007 e 2011 e a pobreza extrema baixou de 34 por cento para 25 por cento.



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