No novo ano que começa

Mensagem de confiança

Na sua mensagem de Ano Novo, Jerónimo de Sousa deixou palavras de confiança na capacidade do povo de, com a sua luta, construir um futuro melhor.

A alternativa está numa política patriótica e de esquerda

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Ao contrário das mensagens de Natal e ano novo daqueles que governam o País e que, com a sua acção política, intensificam a exploração dos trabalhadores e o saque dos recursos nacionais, a do Secretário-geral do PCP não ocultou o estado lastimoso em que se encontra Portugal nem por ela perpassou qualquer resignação. Pelo contrário, as palavras deixadas por Jerónimo de Sousa foram de confiança na determinação e na luta dos trabalhadores e do povo para «travar este caminho para o desastre resultante desta política e deste Governo».

Realçando que, um ano e meio depois da aplicação do pacto de agressão, o País está «mais pobre, mais endividado e mais injustiçado», o Secretário-geral do Partido garantiu que há alternativa e que esta é a construção de uma política patriótica e de esquerda. O objectivo é claro: recuperar a independência e a soberania, resgatando o País da dependência; renegociar a dívida pública e promover o crescimento e o desenvolvimento; devolver ao País o que é do País, nomeadamente os seus recursos, as suas empresas e os seus sectores estratégicos; devolver ao povo os seus salários e rendimentos, bem como o direito à saúde, à educação, à protecção social.

Para Jerónimo de Sousa, tal alternativa é possível, «assim o povo queira». Uma coisa é certa, para o dirigente comunista: os trabalhadores e o povo português podem contar com o PCP, neste ano de 2013 que agora começa e durante «os anos que forem precisos».

 

Cavaco conivente com o Governo 

Entretanto, o Presidente da República promulgou o Orçamento do Estado para 2013, enviando-o em seguida para o Tribunal Constitucional. Reagindo à promulgação, o deputado José Alberto Lourenço considerou-a um «acto inaceitável e que irá contribuir para que milhões de trabalhadores e reformados vejam as suas condições de vida degradarem-se e muitos possam cair no desemprego e na pobreza».

Para o parlamentar comunista, os portugueses já sabiam que tinham um primeiro-ministro que mente, ao considerar a carga fiscal «excessiva» quando se encontrava na oposição e que uma vez no Governo a agrava sobre os trabalhadores e as famílias para níveis «incomportáveis». Agora, com a promulgação do OE, os portugueses ficaram também a saber que «têm um Presidente da República que jurou cumprir e fazer cumprir a Constituição da República e perante um Orçamento destes promulga-o, ignorando apelos dos mais variados quadrantes políticos para que o vetasse, dadas as suas inúmeras inconstitucionalidades». Estão bem um para o outro, considerou José Lourenço, acrescentando que «quem está mal e cada vez pior são os trabalhadores portugueses, o povo e o País».

Para 2013, o PCP apela aos portugueses para que façam uso de todos os direitos que a Constituição prevê fazendo de 2013 um ano de luta, «um ano de derrota deste Governo e desta política», que abra caminho a um governo patriótico de esquerda para Portugal.

 



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