DORP aponta cúmplices
Nos últimos cinco anos este caso foi diversas vezes abordado, numa perspectiva regional, nas autarquias do Grande Porto e na Assembleia Metropolitana, onde «apenas o PCP, em coerência com a sua posição de princípio de defesa da gestão pública e de acordo com os interesses da região e do País, combateu e combate a privatização da ANA e reclamou a manutenção da propriedade e gestão pública e integral do sistema aeroportuário nacional», salienta a Direcção da Organização Regional do Porto do PCP, num comunicado que emitiu a 27 de Dezembro.
PS, PSD e CDS «têm procurado passar a ideia de que há uma privatização boa (privatizar os aeroportos em separado, a empresas diferentes) e uma privatização má (privatizar os aeroportos em conjunto)». Já o BE, «deixando-se enredar nos discursos “regionaleiros”, chegou mesmo a defender uma gestão autónoma do aeroporto, possibilidade logo aplaudida pela Sonae e pela Soares da Costa».
A DORP vê confirmado o que desde o início denunciou:
- Estes partidos (tal como os presidentes de Câmara e da Junta Metropolitana) assumiram e assumem posições públicas que visam apenas desviar as atenções do seu comprometimento com a privatização e esconder as consequências nefastas desta para a região e para o País;
- A Junta Metropolitana enganou a região ao anunciar a existência de «cláusulas de salvaguarda» para o Aeroporto do Porto, pois sabia que não haveria cláusula alguma que anulasse as consequências desta privatização desastrosa.
«As posições defendidas por outros, sempre num cenário de privatização da ANA, apenas ajudaram a que esta se concretizasse», pelo que esses são «cúmplices desta medida e das suas consequências».