Pôr fim a este Governo e a esta política
O PCP foi recebido no dia 13 pelo Presidente da República, a quem transmitiu as suas preocupações relativamente à situação do País e defendeu a necessidade de pôr fim a este Governo e a esta política.
A política alternativa que o PCP propõe é necessária e possível
A audiência realizou-se a pedido do PCP com o objectivo de expor as medidas e opções que o seu XIX definiu para responder aos problemas nacionais. Como revelou à saída do encontro Jerónimo de Sousa, a delegação do PCP (que integrava ainda Francisco Lopes, Jorge Cordeiro e Manuela Pinto Ângelo, do Secretariado do CC) reafirmou a urgência da rejeição do Orçamento do Estado para 2013, realçando que este não pode ser concretizado por colidir, em questões fundamentais, com a Constituição da República Portuguesa.
A delegação comunista insistiu ainda na ideia de que o Governo do PSD/CDS perdeu a sua base social de apoio, pelo que já não tem legitimidade para governar e levar por diante a sua política destruidora. Trata-se de um governo «do passado», salientou o Secretário-geral do Partido.
Para o PCP, há que pôr fim a este Governo e a esta política, dando a palavra ao povo e abrindo caminho à construção de uma política alternativa, patriótica e de esquerda. Esta política ficou definida na Resolução Política aprovada no XIX Congresso do Partido. Nesse documento, que norteará a actividade do Partido nos próximos anos, são definidos os eixos centrais desta política alternativa (ver caixa), sintetizados na seguinte formulação: «Resgatar Portugal da dependência, recuperar para o País o que é do País, devolver aos trabalhadores e ao povo os seus direitos, salários e rendimentos.»
Será precisamente sob este lema que o Partido levará por diante, a partir do início do próximo ano, uma campanha nacional que tem o objectivo de dar a conhecer o conteúdo da política patriótica e de esquerda que propõe para o País.
Na Resolução Política do Congresso salienta-se ainda a urgência, necessidade e possibilidade de empreender tal política, salientando-se que ela constitui um «imperativo nacional, uma condição para assegurar um Portugal com futuro, de justiça social e progresso, um País soberano e independente».