Britânicos pagam buraco da banca

Uma comissão parlamentar alertou, dia 16, que o Estado britânico poderá não recuperar os 66 mil milhões de libras (82 mil milhões de euros) injectadas, em 2008, no resgate dos bancos Royal Bank of Scotland (RBS) e Lloyds.

A comissão de Finanças Públicas do Parlamento britânico critica duramente a gestão financeira do governo, acusando-o de ter participado «numa falência colectiva monumental» devido à sua incapacidade para «compreender que a bolha do sector poderia conduzir à crise bancária».

Além de considerar irrecuperáveis as somas gastas em acções no RBS e no Lloyds, cujo capital é controlado pelo Estado em 81 por cento e 39,6 por cento, respectivamente, os deputados alertam que o Tesouro britânico deverá preparar-se para gerir uma nova «crise futura».

O relatório avalia ainda negativamente o processo de nacionalização do Northern Rock, classificando de tardia a intervenção do Estado na instituição, que entrou em falência em 2007, devido à exposição ao crédito de alto risco.

Depois de ter sido «nacionalizada» em 2008, a estrutura comercial do Northern Rock foi vendida à Virgin Money, livre de activos tóxicos, os quais ficaram concentrados numa estrutura pública.

A comissão estima que a nacionalização do Northern Rock terá custos para o contribuinte na ordem dos dois mil milhões de libras.



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