Agressão imperialista à Síria

Britânicos forçam intervenção

Uma in­ter­venção mi­litar contra a Síria pode ser de­sen­ca­deada nos pró­ximos meses, ad­mitem altos res­pon­sá­veis bri­tâ­nicos. A ini­ci­a­tiva não reúne con­senso, mas tem no pri­meiro-mi­nistro, David Ca­meron, um férreo de­fensor.

Uma cam­panha mi­litar é uma opção con­si­de­rada

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Se­gundo re­velou o chefe do Es­tado-Maior das Forças Ar­madas bri­tâ­nicas, ge­neral David Ri­chards, em en­tre­vista con­ce­dida do­mingo à BBC, o ataque é uma opção con­si­de­rada caso «a si­tu­ação [hu­ma­ni­tária] se de­te­riore du­rante o In­verno» e ga­nhem corpo os apelos para «uma in­ter­venção li­mi­tada».

Para Ri­chards, um tal ce­nário conta com só­lidos ali­ados na re­gião e com um con­tin­gente mi­litar en­tre­tanto en­viado, o qual, numa pri­meira fase, po­derá agir «se um de­sastre ocorrer».

No mesmo dia, o mi­nistro da De­fesa, Phillip Ham­mond, con­firmou igual­mente à BBC que o uso da força não está des­car­tado, em­bora a po­sição da China e da Rússia no Con­selho de Se­gu­rança das Na­ções Unidas seja um sério obs­tá­culo.

Ha­mond ad­mite ainda que o pri­meiro-mi­nistro, David Ca­meron, tem ins­tado mi­li­tares e po­lí­ticos a es­tu­darem todas as op­ções e a pres­si­o­narem os ali­ados, so­bre­tudo para al­terar o con­teúdo do em­bargo im­posto pela UE ao con­flito e for­necer aber­ta­mente armas aos «re­beldes», para de­cretar uma zona de ex­clusão aérea e cons­ti­tuir san­tuá­rios da «opo­sição», e para in­cre­mentar a co­or­de­nação com os norte-ame­ri­canos no de­sen­vol­vi­mento da agressão.

Em re­cente vi­sita a um campo de re­fu­gi­ados na Jor­dânia, Ca­meron sa­li­entou que «agora, com o pre­si­dente dos EUA já eleito, temos que fazer mais para ajudar a tran­sição da Síria».

Ca­meron pa­rece, no en­tanto, não reunir o con­senso de todo o apa­relho mi­litar e po­lí­tico bri­tâ­nico na sua ca­val­gada in­ter­ven­ci­o­nista. De acordo com o ta­blóide The Sun, al­gumas das altas che­fias mi­li­tares – e se­gundo o jornal também os mi­nis­tros da De­fesa e dos Ne­gó­cios Es­tran­geiros –, terão ma­ni­fes­tado de­sa­cordo para com o chefe do exe­cu­tivo bri­tâ­nico, ar­gu­men­tando com o en­vol­vi­mento das forças ar­madas bri­tâ­nicas no Afe­ga­nistão, os cortes or­ça­men­tais nos vá­rios ramos, e com o po­derio mi­litar da Síria.



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