Forte protesto na GNR

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O protesto nacional, promovido na tarde de quarta-feira, dia 24, pela Associação dos Profissionais da Guarda reuniu cerca de dois mil efectivos, vindos de todo o País, que desde cerca das 18 horas se manifestaram na baixa de Lisboa. O percurso, em grande parte feito sob forte chuva, saiu da Praça dos Restauradores em direcção ao palácio de São Bento, passando pelo Rossio e o Chiado. Pelo caminho, os profissionais da GNR gritaram palavras de ordem, como «Só queremos o que é nosso por direito», «Passos, escuta, a GNR está em luta» ou «Horário sim, escravatura não». Entraram no largo frente à Assembleia da República a entoar o Hino Nacional. Transportaram faixas negras e verdes, reclamando a restituição dos subsídios, o cumprimento das tabelas remuneratórias, a concretização das promoções em atraso e «um horário de trabalho digno e humano», defendendo que «Segurança pública exige profissionais motivados» e «melhores instalações, mais equipamento», exigindo o direito ao sindicato naquela força de segurança.

Entre outras medidas que constam na proposta de OE para 2013, o presidente da APG/GNR, César Nogueira, referiu a intenção de acabar com a possibilidade de os profissionais da GNR passarem à reserva aos 55 anos ou aos 36 anos de serviço. Numa breve intervenção, muito aplaudida, frente ao Parlamento, o dirigente referiu as questões colocadas num documento que depois foi entregue na residência oficial do primeiro-ministro e à Presidente da AR.

Outros actos de contestação à «austeridade» e às políticas do Governo nas áreas da segurança e defesa estão marcadas para os próximos dias, em Lisboa. No dia 6, às 17.30, na Praça Luís de Camões, inicia-se uma manifestação nacional de polícias, convocada pela ASPP/PSP. Para dia 10, com apoio da ANS, AP e AOFA, está marcada uma «concentração da família militar», às 15 horas, na Praça do Município, seguida de desfile até aos Restauradores.




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