Sindicatos juntam-se ao 14 N

Cinco confederações sindicais de França (CGT, CFDT, FSU, Unsa e Solidaires) convocaram para 14 de Novembro acções de protesto em todos os sectores de actividade, público e privado.

Numa declaração conjunta, divulgada dia 26, a frente intersindical associa-se à jornada europeia contra a «austeridade» e «por medidas de solidariedade com os países em maiores dificuldades».

Reafirmando a sua oposição às «medidas de austeridade que mergulham a Europa na estagnação económica» e «apenas agravam os desequilíbrios e criam injustiças», as organizações sindicais apelam à «mais ampla participação» dos trabalhadores, pensionistas e desempregados nas acções que terão lugar por todo o país.

A declaração incita os franceses a exigirem «respostas concretas às dificuldades que vivem todos os trabalhadores em França e na Europa», condenando, em particular, «os tratamentos de choque infligidos aos trabalhadores na Grécia, em Espanha e em Portugal».

No mesmo dia, num encontro de sindicatos em Florença, Itália, a secretária-geral da CGIL, Susanna Camusso, e o presidente da central alemã DGB, Michael Sommer, declaram a intenção de se juntar à Jornada de Acção e Solidariedade Europeia.

Camusso, que exortou as centrais italianas CISL e UIL a aderirem ao protesto, anunciou que irá submeter aos órgãos de direcção a convocação de uma greve de duas horas em Itália. Por seu turno, Sommer admitiu a realização de acções em todo o país.

Em Espanha, a greve geral de 14 de Novembro, decidida pelas direcções da CCOO e da UGT, foi aprovada, dia 22, por unanimidade, pelas 150 organizações que integram a Cimeira Social.



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