CDU contra o «negócio» da morte
Na última Assembleia Municipal de Gaia, uma vez mais sem a presença do presidente da Câmara, foi apreciada uma proposta de entrega das exéquias fúnebres e inunações à exploração de uma empresa privada, como se de uma vulgar «área de negócio» se tratasse. Com esta proposta, a autarquia retomou o atribulado projecto do «Complexo Funerário Municipal», agora reduzido a 25 por cento do que inicialmente se propunha, mas insistindo em entregar à iniciativa privada não só a concepção e construção, mas também a exploração, o que a CDU discorda, tendo votado contra esta nova formulação.
Em declaração de voto, os eleitos do PCP alertaram para o facto de a criação de um mega-complexo funerário municipal, com serviços polivalentes, pode introduzir no concelho «um ramo de negócio que hoje prospera na forma de transnacionais ávidas de facturação, para quem os actos de enterramento, em vez de envolvidos pela sobriedade, passam a ser momentos de exibição de posses materiais e competição entre famílias».
No documento, e em contrapartida, os comunistas esperam «uma resposta adequada e tempestiva» por parte do município face ao «grande crescimento de procura de serviços de cremação», desde que «balizado pelo respeito da sensibilidade da matéria em causa e pelo predomínio da gestão pública».