6.ª Assembleia da Cidade de Lisboa

Mais força para a alternativa

Da 6.ª Assembleia da Organização da Cidade de Lisboa o PCP sai em melhores condições para o combate contra a exploração capitalista, contra a política de direita e por uma política patriótica e de esquerda.

A atenção e o esforço estão apontados para dia 26

Com esta valorização do trabalho realizado no período preparatório e no decurso da assembleia, iniciou Armindo Miranda, da Comissão Política do Partido, a intervenção de encerramento, ao fim da tarde de sábado, dia 12.

No auditório da União das Associações de Comerciantes, na Rua Castilho, sob o lema «Com o PCP, organizar, reforçar, lutar», reuniram-se 234 delegados e algumas dezenas de convidados. Em discussão estiveram um projecto de Resolução Política e quatro moções (pelo direito à saúde; contra a extinção de freguesias e em defesa do Poder Local democrático; pelo direito à habitação e contra a «lei dos despejos»; e pelo direito à mobilidade dos trabalhadores e cidadãos), documentos que suscitaram 46 intervenções.

O organismo de direcção, eleito por maioria (com uma abstenção), integra 51 camaradas, com uma média etária de 49,3 anos, contando com 18 mulheres (35 por cento), 13 operários e 19 empregados (ambos representando 63 por cento).

Assumindo-se como ponto alto da reflexão de toda a organização na cidade (e concelho) de Lisboa, para reforçar a implantação do Partido, a assembleia encarou este reforço como condição indispensável para uma maior intervenção e influência nas organizações de massas e para o desenvolvimento das lutas, nas empresas e locais de trabalho e em torno de problemas locais, contribuindo para a ruptura com a política de direita e para a afirmação da política patriótica e de esquerda, defendida pelos comunistas para o País.

Esta ligação entre o reforço da organização do Partido e o desenvolvimento da luta dos trabalhadores e da população, que ressalta ao longo das 32 páginas da Resolução Política, mereceu especial destaque na intervenção de encerramento. Armindo Miranda, notando que em Lisboa o combate se trava contra a acção do Governo, de âmbito nacional, mas também contra a política da maioria PS na Câmara Municipal (que em tudo o que é estratégico tem contado com o apoio do PSD), destacou o ponto em que, na Resolução, se afirma ser indispensável que, em cada organismo, estejam sob permanente atenção os problemas da população e dos trabalhadores, para avançar propostas e estimular a acção colectiva em sua defesa.

Ao destacar a importância prioritária que deve continuar a ser dada ao desenvolvimento da organização do Partido nos locais de trabalho, o responsável pela Organização Regional de Lisboa na Comissão Política realçou que a principal preocupação da direcção eleita terá que ser levar a voz do PCP aos quase 600 mil trabalhadores das cerca de 30 mil empresas sediadas no concelho. Objectivo central da luta que importa aí alargar será a rejeição da aplicação das alterações ao Código do Trabalho.

Armindo Miranda lembrou que a ligação às massas faz parte do ADN do PCP, que nasceu das fábricas. Exemplificou esta preocupação de sempre com citações de uma intervenção de Manuel Guedes, no 3.º Congresso do Partido, em 1943, e de um artigo de Álvaro Cunhal, no Pravda (na edição que assinalou o centenário de Lénine, em 1970). Evocou ainda a luta vitoriosa pela jornada de trabalho de oito horas, travada há 50 anos, em condições extremamente difíceis.

É de mobilização dos trabalhadores e da população que também se fala, realçou, ao preparar a grande manifestação de 26 de Maio, que os comunistas vão realizar em Lisboa e para a qual as organizações regionais de Lisboa e de Setúbal e a JCP dirigem hoje os seus esforços.

Por fim, Armindo Miranda apelou a que todos os militantes comunistas façam uso do seu direito e respondam ao apelo do Comité Central do Partido, apresentando os seus contributos para, na actual fase, definir as questões fundamentais a que o 19.º Congresso do PCP deverá dar resposta.



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