Presos palestinianos supendem greve
Os cerca de 1500 palestinianos que se encontravam desde o dia 17 de Abril em greve de fome contra as condições prisionais em que se encontram detidos em Israel aceitaram suspender o protesto, confirmou o ministro dos Assuntos Prisionais palestiniano.
De acordo com informações divulgadas por agências noticiosas, o acordo terá sido alcançado na tarde de segunda-feira, 14, no cárcere de Askelon, mas as mesmas fontes não adiantaram quaisquer pormenores sobre o seu conteúdo.
Desde o início da greve de fome, Israel enfrentava uma forte pressão interna e externa. Domingo e segunda-feira, em Jerusalém Leste e em Gaza, milhares de palestinianos manifestaram-se em solidariedade para com a luta dos detidos (PressTV 13/14.05.2012), iniciativas precedidas por jornadas populares na Cisjordânia, como o bloqueio da delegação do Comité Internacional da Cruz Vermelha e do escritório da ONU em Ramallah (Lusa 10/09.05.2012).
Simultaneamente, a Organização Mundial da Saúde, o Comité Internacional da Cruz Vermelha e a Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos manifestaram a sua preocupação para com a situação em que se encontravam dezenas de prisioneiros, e apelaram a Israel para que promovesse uma solução que permitisse a prestação de assistência imediata aos grevistas (Lusa 11/10.05.2012).
Embora não sejam conhecidos os contornos do texto que levou à interrupção da greve, a verdade é que Israel chegou a acordo com os representantes dos prisioneiros um dia antes de os palestinianos assinalarem o 64.º aniversário da Nakba (Dia da Catástrofe). A 15 de Maio de 1948, o então criado Estado de Israel iniciou a expulsão de milhares de palestinianos dos seus territórios.
Para anteontem, a esmagadora maioria das organizações políticas e sociais palestinianas tinha previstas grandes acções de massas em todos os território palestinianos.
Sionismo só destroi
Entretanto, ficou a saber-se que durante o ano de 2011 as autoridades israelitas destruíram dezenas de casas, poços e infra-estruturas agrícolas construídas nos territórios palestinianos com recurso a fundos europeus.
Segundo um relatório elaborado por um departamento da ONU e divulgado segunda-feira, 14, 62 estruturas foram destruídas o ano passado e pelo menos outras 110 igualmente financiadas pela UE correm risco de ter o mesmo destino a breve trecho.
No ano passado, mais de 600 infra-estruturas palestinianas foram arrasadas por Israel, segundo o mesmo texto, citado pela Lusa.