Caos sem fim
Um grupo de milicianos ocupa, desde sábado, 29, o aeroporto da cidade de Benghazi, na Líba. O contingente armado exige ao governo designado pelo autodenominado Conselho Nacional de Transição (CNT) o cumprimento das promessas de distribuição do poder e fortuna, alegadamente feitas no início da revolta armada contra o regime líbio.
A acção de força surge na sequência de uma série de iniciativas violentas na cidade considerada bastião da insurreição no território, a última das quais feriu com gravidade quatro pessoas na sequência da explosão de uma bomba junto a um tribunal.
Os ocupantes do aeroporto afirmam que só abandonam a infra-estrutura quando o executivo satisfizer as suas reivindicações, mas, na verdade, o gabinete liderado por Abdel Rahim El-Keib foi destituído pelo CNT na quarta-feira, 25, segundo informações divulgadas pela Lusa.
Entretanto, El-Keib acusou publicamente o CNT de entorpecer o processo «eleitoral» para a Assembleia Constituinte, convocado para o próximo dia 19 de Junho.
Para além de Benghazi, outros pontos do território líbio continuam a ser sacudidos por combates, que algumas fontes garantem ser entre facções rivais afectas ao poder instituído pela agressão da NATO, e outras consideram demonstrar a resistência a esse mesmo poder.
É o caso das localidades de Zuwarah e Riqdalin, no Noroeste, ou da cidade de Sabah, no Sul, onde o conflito já terá provocado cerca de 150 vítimas mortais.