Vaga repressiva contra grevistas
A polícia catalã deteve, dia 25, dois trabalhadores da Seat, José Antonio Jiménez Oya, delegado sindical das Comisiones Obreras e militante do Partido dos Comunistas da Catalunha (PCC), e Javier Espín, delegado de UGT, por alegado atentado contra um segurança quando integravam o piquete da greve geral de 29 de Março, à entrada da fábrica de automóveis.
No mesmo dia, as autoridades catalãs detiveram a sindicalista da CGT de Barcelona, Laura Gómez, que ficou em prisão preventiva por alegados distúrbios no dia do protesto geral.
Segundo dá conta um comunicado do PCC, ao todo já foram detidas 88 pessoas, acusadas de participação nos incidentes que tiveram lugar durante a greve geral. Para o PCC, «esta vaga repressiva tem como objectivo intimidar o sindicalismo e a resposta popular aos cortes de direitos sociais e económicos das classes mais desfavorecidas». «Os métodos utilizados», afirma ainda o comunicado do PCC, «detenções com algemas em centros de trabalho, centros cívicos e nas próprias residências, recordam os métodos policiais franquistas».