Sarkozy financiado por Khadafi
Um documento secreto dos serviços secretos líbios, divulgado dia 28 pelo diário digital francês Mediapart, indica que Muhamar Khadafi deu o seu «acordo de princípio» para financiar a campanha presidencial de Nicolhas Sarkozy em 2007.
O documento assinado pelo chefe dos serviços, Musa Kusa, acrescenta que o líder líbio estipulou uma contribuição de 50 milhões de euros para a candidatura do chefe de Estado francês.
Embora não constitua prova de que o dinheiro foi efectivamente entregue, o documento revela que o acordo foi selado «durante uma reunião mantida, em 10 de Outubro de 2006, entre o director dos serviços secretos líbios, Abdalá Sanusi, o presidente dos Fundos Líbios de Investimentos Africanos, Bachir Saleh, e do lado francês por Brice Hortefeux e Ziad Takieddine».
Hortefeux, ex-ministro do Interior do governo e um dos assessores mais próximos de Sarkozy, negou que alguma vez tenha reunido com Musa Kusa ou Bachir Saleh, este último membro destacado do regime de Khadafi, hoje procurado pela Interpol.
Por seu lado, o jornal MediapartI explicou que obteve o documento de antigos dirigentes líbios que se encontram hoje na clandestinidade.
Entretanto, o homem de negócios franco-libanês, Ziad Takieddine, reconhece a autenticidade do documento, notando que apenas falta esclarecer «se finalmente foram pagos ou não os 50 milhões».
Sem surpresa, Sarkozy qualificou a acusação de «grotesca» e sem qualquer credibilidade. Recorde-se que logo no início da agressão da NATO contra a Líbia, Saif el Islam, filho de Khadafi, afirmou em conferência de imprensa que o governo do seu país tinha financiado com 50 milhões de euros a campanha do então candidato presidencial francês.