Excepção é vitória
O facto de o Governo ter vindo admitir excepções nos cortes salariais, relativamente aos trabalhadores da TAP e da CGD, «é mais uma vitória da luta dos trabalhadores e do anúncio da greve geral», comentou a Fectrans.
Sendo «insuficiente», este «não é um recuo total do Governo, já que o grosso dos roubos se mantém (subsídios de férias e Natal e outros)», e «faz parte da táctica para fazer passar novos roubos (o pacote laboral) com menos resistência». Mas, comenta a federação, numa nota que divulgou segunda-feira, tal recuo «não deixa de ser um sinal de que é possível alterar aquilo que nos querem impor como inevitável».
«A regra é pagar o salário que está no contrato, a excepção é roubar uma parte desse salário», sublinha a Fectrans, concluindo que, «para os trabalhadores das empresas abrangidas, este recuo do Governo deve ser mais um estímulo para continuar a luta para que a “excepção” abranja todas as matérias salariais»; por outro lado, «para os trabalhadores das outras empresas, estes exemplos devem ser aproveitados para reganhar forças e confiança em que é possível alterar as decisões do Governo, desde que a luta se intensifique».
Num sentido idêntico reagiram as comissões de trabalhadores da RTP e da STCP. Para ontem, foi convocado um plenário na INCM.