Contas Nacionais confirmam declínio

O PCP reagiu, no dia 9, através de uma nota do seu Gabinete de Imprensa, à divulgação pelo INE das Contas Nacionais Trimestrais relativas ao quarto trimestre de 2011. Para os comunistas, os números revelam uma «progressiva degradação da situação económica do País». O PCP salienta que «como tem vindo a suceder nos últimos tempos, a estimativa corrigida para o PIB de 2011 e do 4.º trimestre agrava a estimativa anterior». O INE estima que em 2011 a queda do PIB tenha sido de 1,6 por cento. No quarto trimestre, em comparação com o mesmo período do ano anterior, a queda foi de 2,8 por cento.

O Partido acrescenta ainda que os dados divulgados pelo INE revelam que o ano de 2011 foi «mais um ano de recessão económica» e também um ano em que do primeiro para o segundo trimestre se verificou um «agravamento claro dessa recessão, em si mesmo inseparável do impacto das medidas recessivas que o pacto de agressão assinado em Maio contém». Os números que dão conta do agravamento de «quase todas as variáveis macro-económicas, comprovam-no: queda do PIB de 0,8 para 2,4 por cento; no consumo das famílias de 2,8 para 5 por cento; no investimento, de 9,2 para 18,9 por cento; na procura interna de 4,2 para 7,2 por cento. Também as exportações desaceleraram e as importações, fruto da redução da procura interna, caíram no primeiro semestre 2,8 por cento e no segundo 8,2 por cento.

O efeito recessivo do pacto de agressão é tal que pela primeira vez desde 1996 o consumo das famílias em bens alimentares caiu no segundo semestre de 2011 em 0,7 por cento, acrescenta o PCP. O consumo de bens duradouros caiu 24,4 por cento (31,3 se observarmos apenas o último trimestre). Esta evolução económica, concluem os comunistas, conduziu ainda a uma queda no emprego de 1,5 por cento em 2011, o que significa a perda, só no último trimestre, de 132 mil empregos.



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