Sarkozy castiga Trabalho

O pre­si­dente francês con­firmou, do­mingo, o novo pa­cote de aus­te­ri­dade contra os tra­ba­lha­dores e o povo francês. Em en­tre­vista di­fun­dida em ho­rário nobre na te­le­visão gau­lesa, Ni­colas Sar­kozy rei­terou que vai au­mentar im­postos, pôr fim às 35 horas de tra­balho se­manal e à con­tra­tação co­lec­tiva, e em­ba­ra­tecer a força de tra­balho.

No que diz res­peito à carga fiscal, Sar­kozy propõe um au­mento da taxa de IVA 19,6 para 21,2 por cento, me­dida acom­pa­nhada da di­mi­nuição das con­tri­bui­ções do pa­tro­nato para a Se­gu­rança So­cial. Na prá­tica, os cerca de 13 mil mi­lhões de euros que as em­presas passam a ar­re­cadar todos os anos vão ser su­por­tados pela ge­ne­ra­li­dade do povo através da pe­na­li­zação do con­sumo.

Quanto aos di­reitos la­bo­rais, Sar­kozy pre­tende acabar com a se­mana de tra­balho de 35 horas, li­quidar a con­tra­tação co­lec­tiva e baixar dras­ti­ca­mente os sa­lá­rios, já que ins­titui a ne­go­ci­ação di­recta entre o pa­trão e os tra­ba­lha­dores de uma dada em­presa como pre­va­le­cente sobre as dis­po­si­ções dos con­tratos co­lec­tivos ou do Có­digo de Tra­balho.

Os pa­trões passam ainda a poder de­ter­minar a du­ração da jor­nada diária dos tra­ba­lha­dores e o valor dos res­pec­tivos sa­lá­rios de acordo com as «di­fi­cul­dades» dos res­pec­tivos ne­gó­cios.

Entre os anún­cios do pre­si­dente francês, cons­taram igual­mente a cri­ação de um banco pú­blico com um ca­pital de mil mi­lhões de euros vi­sando a con­cessão de em­prés­timos às em­presas em con­di­ções van­ta­josas, e a li­be­ra­li­zação por três anos do mer­cado imo­bi­liário.



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