É já na próxima segunda-feira, 9, que se realiza em Lisboa, no Porto e em Faro as primeiras audições públicas promovidas pelo Grupo Parlamentar do PCP sobre a chamada «reorganização curricular» proposta pelo Governo. Iniciativas idênticas estão também agendadas para Coimbra e Évora, dia 10, seguindo-se Beja e Viseu, dia 16.

Contando com a presença de deputados comunistas, estas audições assumem grande relevância em termos de esclarecimento e mobilização de todos os intervenientes no processo educativo, mais ainda face à exiguidade do prazo determinado pelo Governo para a discussão pública do diploma.

O PCP, que viu na passada semana rejeitado pelos votos da maioria parlamentar PSD-CDS o seu pedido de alargamento do prazo de discussão pública da iniciativa legislativa do Executivo, não tem aliás poupado críticas ao conteúdo da mesma, interpretando-a como uma «tentativa de impor um despedimento colectivo aos professores e um ajustamento dos currículos ao orçamento imposto aos portugueses pelas instituições estrangeiras, por força do pacto de agressão assinado por PS, PSD e CDS».

Estas audições parlamentares do PCP são abertas a todos quantos nelas queiram participar, nomeadamente associações profissionais e científicas de professores, organizações sindicais, direcções de escola, associações de estudantes e de pais e outros agentes da comunidade educativa.