Várias dezenas de pessoas participaram, no dia 17, frente ao Parque 25 de Abril, em Benavente, na inauguração de uma estrutura de tubos metálicos, onde foram colocadas faixas que traduzem os anseios das populações do concelho.

«Futuro para os jovens», «mais médicos e enfermeiros», «segurança e dignidade social», «aumento dos salários e das pensões», «desenvolvimento económico e da produção nacional», «reabertura das extensões de Saúde», «trabalho com direito para todos», «em defesa das urgências (SAP de Benavente», «medicamentos gratuitos e transporte para doentes», «não ao aumento das taxas moderadoras», «a Saúde é um direito, não é um negócio», são as mensagens inscritas naquele «monumento», de reivindicação e de luta.

Domingos David, coordenador da Comissão de Utentes, promotora da iniciativa, informou que, no concelho, existem já cerca de 6400 utentes sem médico de família, e uma espera de meses para consulta para aqueles que têm médico atribuído, para além das três extensões de Saúde encerradas e duas a funcionarem precariamente para consultas de recurso.

Se, como previsto, encerrarem mais duas extensões de Saúde, o número de utentes sem médico de família subirá para 11 mil. Por seu lado, o fecho do SAP, que serve os concelhos de Benavente e Salvaterra de Magos, deixará 50 mil utentes sem acesso próximo às urgências e mais de 22 mil sem consultas de recurso e cuidados primários de Saúde.

No final, Domingos David apelou à mobilização de todos para a jornada conjunta que as comissões de utentes da área do ACES Lezíria agendaram para hoje, quinta-feira, entre as 19 e as 20 horas, e que se traduzirá, em cada concelho, nas acções que localmente considerem mais adequadas para vincarem o seu protesto pelas medidas governamentais ao nível da Saúde.