O PCP reagiu, no dia 30 de Novembro, à entrevista concedida nesse mesmo dia pelo primeiro-ministro à SIC. Num vídeo colocado no sítio do PCP na Internet, Vasco Cardoso, da Comissão Política, considerou que Pedro Passos Coelho revelou um «profundo desprezo pelas condições de vida de milhões de portugueses». Clara ficou também a sua submissão à troika, aos banqueiros e aos grupos económicos, à União Europeia e à «própria senhora Merkel» – uma submissão que, realçou, «está a arrastar o País para o desastre, para o desemprego, para a recessão económica» e que fará de 2012 um dos piores anos de que há memória desde os tempos do fascismo.

Mas a alternativa existe e implica uma ruptura com a situação actual, reafirmou Vasco Cardoso. O dirigente do Partido sublinhou que com a luta dos trabalhadores é possível projectar a necessidade da renegociação da dívida, da valorização da produção nacional, da tributação dos grupos económicos e financeiros, da melhoria dos salários e das pensões e da defesa dos serviços públicos. Ou seja, um caminho precisamente contrário ao que foi anunciado pelo primeiro-ministro.