Ligar mais o Partido às massas
Num momento marcado por uma intensa luta de massas contra o pacto de agressão, o Partido não descura a importância central do reforço da sua organização e intervenção. Em diversas assembleias de organizações, realizadas recentemente, elegeu-se organismos dirigentes, estabeleu-se prioridades de acção, enfim, ligou-se mais o Partido às massas. Destacamos duas nesta edição.
Na Bélgica, realizou-se no dia 27 de Novembro a Assembleia da Organização do PCP naquele país, que contou com a participação de Rosa Rabiais, do Comité Central. Sob o lema Organizar, Intervir, Lutar, a assembleia debateu a situação política actual do País e a firme resposta dos trabalhadores, dada nomeadamente com a greve geral de dia 24 de Novembro. Em destaque estiveram, evidentemente, os problemas que afectam os portugueses na diáspora, entre os quais os brutais cortes do Governo na rede de Ensino do Português no Estrangeiro, cuja implementação vai deixar, já em Janeiro, mais de cinco mil alunos sem aulas e põe em causa a existência deste direito constitucional, tal como está consagrado.
Na resolução política aí aprovada, por unanimidade, reforça-se o apelo à unidade e à mobilização de toda a comunidade portuguesa para a defesa do Ensino do Português no Estrangeiro, com pequenas e grandes acções de luta, que reúnam, num âmbito alargado, a comunidade, o seu movimento associativo, diversos quadrantes políticos e sociais, para impedir e rejeitar a aprovação de tais medidas. Em discussão esteve ainda o fecho de quatro vice-consulados em alguns países da Europa, assim como as consequências para a comunidade portuguesa na Bélgica da alteração da Embaixada de Portugal em Bruxelas para as instalações da Representação Permanente de Portugal junto da União Europeia. O Organismo de Direcção Nacional do PCP na Suiça foi também eleito por unanimidade.
Poucos dias antes realizara-se, em Lisboa, a III Assembleia da Organização da Célula dos Reformados do Sector das Comunicações, Água e Energia da ORL. Tendo feito um balanço positivo da criação da célula de reformados do SCAE em 2006, a assembleia definiu como objectivo a criação de núcleos da célula nas diferentes empresas do sector, organizando aí os militantes, de acordo com a empresa onde cada um trabalhou. Desta forma pretende-se melhorar a organização e a ligação aos militantes, bem como defender os direitos adquiridos. O aumento dos fundos, a leitura e difusão da imprensa do Partido e a propaganda são outras prioridades da célula.