Nicarágua

Mau perder

O Partido Liberal (PL) fabricou centenas de actas eleitorais e falsificou boletins de voto para criar a confusão e tentar amenizar a derrota estrondosa que sofreu nas presidenciais e legislativas parciais do passado dia 4 de Novembro, confirmou o Supremo Conselho Eleitoral da Nicarágua.

Para além disso, diz o Conselho, o PL tinha um plano preciso de boicote e desestabilização das eleições que incluía vandalismo em assembleias de voto, agressões a militantes e apoiantes sandinistas e provocações nas ruas contra as autoridades, actos dos quais já resultaram 50 polícias feridos.

Nos sufrágios, o actual presidente, Daniel Ortega, foi reconduzido no cargo por 62,66 por cento dos votos, correspondentes a mais de um milhão e 524 mil votantes.

O acto foi o mais participado de sempre no país e observadores internacionais consideraram-no livre e justo.

No parlamento nacional, a Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) garantiu no domingo a maioria qualificada, com 60,76 por cento dos votos, e passa a contar com 62 deputados num total de 90. Para as assembleias regionais, a FSLN obteve 60,75 por cento dos votos e 70 eleitos, e para o Parlamento Centro-Americano 61,02 por cento e 20 eleitos.

Derrotado, o Departamento de Estado dos EUA emitiu, quinta-feira, um comunicado no qual manifesta «preocupação» pelas «irregularidades» verificadas, acusando as autoridades de terem organizado uma consulta que não foi «transparente».

 

PCP saúda vitória sandinista

 

Reagindo à vitória sandinista na Nicarágua, o Secretariado do Comité Central do PCP enviou calorosas saudações à direcção nacional da FSLN sublinhando o «significativo voto de confiança e de firmeza do povo em prosseguir o caminho de afirmação da libertação e soberania nacionais, da solidariedade entre os povos e da emancipação social que estão no âmago da constituição da FSLN e do histórico triunfo da revolução sandinista».



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