Bombas de fragmentação

Norte-americanos tentam ganhar vantagem

Os EUA defendem que a Convenção sobre Armas Convencionais (CMC) permita a produção, armazenamento e uso de bombas de fragmentação até 2018. A maioria dos países do mundo e várias organizações humanitárias estão reunidos em Genebra para discutir a matéria.

Mais de 111 nações propõe que este tipo de munições seja erradicado, mas os países que possuem quase 90 por cento do arsenal mundial das referidas bombas (Rússia, China, Índia, Paquistão, EUA, Grã-Bretanha, França, Alemanha e Israel, por exemplo, num total de 86), ou as usam efectivamente em conflitos (EUA e Israel, sobretudo, num total de 19), não parecem ter a mesma posição, diz uma nota da EFE.

O governo de Washington foi o único que divulgou, até agora, uma contra-proposta à erradicação, aceitando a destruição dos arsenais anteriores a 1980. Mas a proposta revela-se ardilosa, já que, no seu caso, tal implicaria o desaparecimento de um terço das munições que detém, mas no caso da países como a Rússia ou a Ucrânia, por exemplo, tal significaria a destruição de muito mais do que isso.

Isto é, a proposta dos EUA não resolve um dos obstáculos à erradicação absoluta dos arsenais de bombas de fragmentação: a das nações mais poderosas disputarem entre si a supremacia nesta matéria.

De acordo com os dados do CMC, este tipo de armas provocou mais vítima civis do que qualquer outro no Kosovo, em 1999, e no Iraque, desde 2003.

Nas guerras do Afeganistão, nas agressões de Israel contra o Líbano e a Palestina, as bombas de fragmentação são das mais usadas, com saldos de vítimas civis que superam em muito os dados constantes nos testes de laboratório.



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