Cordão humano no Couço
A população do Couço, concelho de Coruche, vai participar, sábado, num cordão humano em defesa dos serviços públicos da Freguesia.
Política de cedência e capitulação
Promovido pela Comissão de Utentes dos Serviços Públicos da Freguesia, esta acção de luta tem início, a partir das 9 horas, frente ao Monumento ao Povo do Couço. «O que hoje e no futuro está em causa, como cidadãos, são as condições de igualdade e de direito do nosso acesso aos serviços públicos. Numa Freguesia com lugares tão dispersos como a do Couço, não podemos permitir que nos retirem, reduzam ou descaracterizem serviços públicos fundamentais como a Estação dos Correios, a Segurança Social, a GNR, a Educação, os transportes escolares, a gestão da água ou da Saúde», salienta, em comunicado, a Comissão de Utentes, que realizou, no dia 22 de Outubro uma reunião na Casa do Povo com cerca de uma centena de pessoas, e que contou com a solidariedade da Junta de Freguesia do Couço.
Direitos em causa
Em nota de imprensa, o Movimento de Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) alertou para o facto de o Governo continuar, todos os dias, a promover o encerramento de diversos serviços públicos, nas áreas da Saúde, do ensino, dos correios e, na área dos transportes, a encerrar e a suprimir percursos e carreiras, preparando-se para encerrar mais de 650 quilómetros de linhas ferroviárias.
«O argumento que continua a ser utilizado pelo Governo é a necessidade de serem reduzidos custos, mesmo que tal ponha em causa como tem posto o direito à Saúde, à Educação, a receber a correspondência em tempo útil e com garantia da sua confidencialidade e à própria mobilidade e deslocação das populações», denuncia o MUSP, frisando que tais decisões inserem-se «numa política de cedência e capitulação face aos interesses e objectivos dos grupos económicos nacionais e internacionais e em conluio com as exigências da troika».