O PCP quer saber quando o Go­verno no­meará um con­selho de ad­mi­nis­tração para a NAV, em­presa pú­blica que gere o trá­fego aéreo. Num re­que­ri­mento ao Mi­nis­tério da Eco­nomia e do Em­prego, apre­sen­tado no dia 28 de Se­tembro, o Grupo Par­la­mentar co­mu­nista lembra que o CA da em­presa se en­contra re­du­zido a «um único membro, e que desde Ja­neiro de 2011 deixou de ter quórum para reunir», já que o pre­si­dente e um dos vo­gais se de­mi­tiram e saíram em No­vembro do ano pas­sado. Um outro vogal saiu em Junho.

O PCP acusa o ac­tual e o an­te­rior go­verno de não se pre­o­cu­parem em «sanar esta si­tu­ação, ge­rando uma si­tu­ação ab­so­lu­ta­mente in­qua­li­fi­cável em termos de in­ca­pa­ci­dade e ir­res­pon­sa­bi­li­dade». Para os co­mu­nistas, se a em­presa «con­tinua a cum­prir o es­sen­cial das suas res­pon­sa­bi­li­dades», apesar dos blo­queios e pre­juízos que está a so­frer, tal deve-se à «ex­tra­or­di­nária qua­li­dade, qua­li­fi­cação e pro­fis­si­o­na­lismo dos seus tra­ba­lha­dores».

Os co­mu­nistas chamam a atenção para a ati­tude do Go­verno, que «ad­quire foros de ne­gli­gência (ou mesmo cum­pli­ci­dade» num mo­mento em que, «no quadro de in­te­gração ca­pi­ta­lista eu­ropeu, se de­senha a im­po­sição da po­lí­tica do “céu único”, cujo ob­jec­tivo real é a perda de so­be­rania na­ci­onal também no plano do con­trolo aéreo». O PCP pre­tende ainda saber por que razão não tomou o Go­verno qual­quer me­dida para sanar as de­mis­sões no CA da NAV e quais as ra­zões in­vo­cadas por cada um dos de­mis­si­o­ná­rios para a sua saída.