Exames nacionais

Um filtro de acesso ao Ensino Superior

Image 8112

No dia em que se ini­ci­aram os exames na­ci­o­nais do En­sino Se­cun­dário, a JCP alertou para o facto de os mesmos serem «uma au­tên­tica bar­reira na pro­gressão dos es­tudos, um filtro de acesso ao En­sino Su­pe­rior que em nada ni­vela e uni­for­miza o En­sino», como os su­ces­sivos mi­nis­té­rios o têm afir­mado.

«Com os exames na­ci­o­nais e o li­mite de vagas de acesso ao En­sino Su­pe­rior, ao longo dos anos, mi­lhares de es­tu­dantes não che­garam a pros­se­guir os es­tudos e ou­tros mi­lhares su­jei­taram-se a cursos que em nada cor­res­pondem às suas as­pi­ra­ções, nem às ne­ces­si­dades do País», re­ferem os jo­vens co­mu­nistas, que não aceitam que o En­sino «seja feito em função dos exames na­ci­o­nais», que «não se tenha em conta as con­di­ções so­ciais e eco­nó­micas dos es­tu­dantes» nem «o ritmo de apren­di­zagem de cada aluno».

A JCP não aceita, de igual forma, que «os es­tu­dantes te­nham que re­correr a ex­pli­ca­ções pri­vadas e a ou­tros ma­te­riais de apoio que não o ma­nual es­colar para ga­rantir nota po­si­tiva no exame, pondo cla­ra­mente em de­si­gual­dade os es­tu­dantes com menos con­di­ções eco­nó­micas», e não com­pre­ende «as turmas so­bre­lo­tadas e a falta de con­di­ções ma­te­riais das es­colas».

Re­la­ti­va­mente ao pro­grama do novo Go­verno, os jo­vens co­mu­nistas cons­tatam que «a qua­li­dade do En­sino será ainda mais pe­na­li­zada com a re­dução de 30 mil pro­fes­sores nas es­colas, o que im­pli­cará menos turmas, com mais alunos, e que a nova forma de fi­nan­ci­a­mento das es­colas, de acordo com o atingir de ob­jec­tivos de­fi­nidos, fo­men­tará as «es­colas de pri­meira» e as «es­colas de se­gunda», em que os es­tu­dantes com pi­ores con­di­ções so­ciais e eco­nó­micas serão os mais pre­ju­di­cados, em­pur­rando-os para cursos pro­fis­si­o­na­li­zantes, cri­ando assim mão-de-obra menos qua­li­fi­cada, mais ba­rata e ex­plo­rável».



Mais artigos de: Nacional

Escândalo na Madeira

Se­gundo um re­la­tório do Tri­bunal de Contas, a Re­gião Au­tó­noma da Ma­deira (RAM) apenas aplicou 30 por cento das verbas re­ce­bidas na sequência da ca­tás­trofe de 20 de Fe­ve­reiro de 2010.

Crime contra os Estaleiros de Viana do Castelo

Após uma au­di­ência com a Co­missão de Tra­ba­lha­dores dos Es­ta­leiros Na­vais de Viana, He­loísa Apo­lónia, de­pu­tada do Par­tido Eco­lo­gista «Os Verdes» (PEV), en­tregou uma per­gunta na As­sem­bleia da Re­pú­blica ques­tionando o Go­verno sobre o Plano de Re­es­tru­tu­ração dos Es­ta­leiros de Viana do Cas­telo.

Autarquia despreza Cultura

Os trabalhadores da Cendrev interpelaram, há dias, a Câmara de Évora e alertaram para a situação «profundamente preocupante» do Centro Dramático de Évora. «Nunca, como hoje, vivemos uma situação tão complicada; embora tenhamos...

«Buzinão» em Peso da Régua

A Associação dos Vitivinicultores Independentes do Douro (AVIDOURO) promoveu, ontem, no Peso da Régua, um «buzião» contra o «roubo» da redução em 25 mil pipas do benefício para o vinho generoso e por um Plano de Emergência para o Douro, de...

XIII Festa do Teatro

O Festival Internacional de Teatro de Setúbal aproxima-se a passos largos para transformar a cidade num palco de experiências e manifestações artísticas. Do teatro à música, passando pelas curtas-metragens, exposições, debates, espectáculos de sala...

«Água pública, um direito?»

Sob o lema «Água pública, um direito?», realiza-se hoje, às 18h30, no Clube Estefânia, em Lisboa, uma tertúlia com as intervenções de Jorge Fael, Vítor Silva e Henrique Folhas. Uma iniciativa organizada pela Associação Água...