Britânicos rejeitam cortes
A greve de dia 30 de Junho convocada por quatro sindicatos da função pública foi considerada como uma das maiores paralisações nos últimos 80 anos no Reino Unido.
Mais de 750 mil trabalhadores da Educação, centros de emprego, tribunais, portos, repartições de finanças e estabelecimentos prisionais paralisaram durante 24 horas, em protesto contra as medidas de austeridade do governo britânico.
A paralisação afectou o funcionamento de 85 por cento das escolas do básico, ou seja de mais de 11 mil estabelecimentos, metade dos quais estiveram encerrados total ou parcialmente. Somou-se o encerramento de 250 escolas do secundário e 75 universidades.
O aumento da idade de aposentação (de 65 para 68 anos), com agravamento das contribuições, e a série de cortes orçamentais que ameaçam centenas de milhares de postos de trabalho e o acesso a serviços públicos essenciais são os principais motivos da contestação.
A ofensiva dos conservadores e liberais visam acabar com o que resta dos serviços públicos, já dizimados anteriormente pelos governos de Thatcher e de Tony Blair. Agora, os alvos da privatização devastadora são as universidades e o Serviço Nacional de Saúde.
Recorde-se que o orçamento do Estado em execução prevê a extinção de 300 mil postos de trabalho na função pública, cortes médios de 25 por cento nas despesas das administrações e o aumento do IVA de 17,5 para 20 por cento. Ao mesmo tempo o imposto sobre os lucros das empresas baixou de 28 para 24 por cento.