Banqueiros pagam-se principescamente
«No que diz respeito aos banqueiros, a contenção terminou», noticiou o Financial Times, que cita dados recolhidos pela consultora Equilar, os quais afirmam que, em 2010, os executivos de 15 dos maiores bancos da Europa e dos EUA receberam, em média, uma retribuição 36 por cento superior face a 2009.
Os lucros declarados pelas entidades financeiras abrangidas no estudo – do qual não fazem parte o Santander e o UBS alegadamente por falta de termo de comparação – só terão crescido 2,9 por cento no mesmo período, mas os seus principais administradores aproveitaram o ano transacto para porem as contas em dia.
No topo dos mais bem pagos está o presidente do norte-americano JP Morgan Chase, Jamie Dimon, cujos rendimentos subiram uns módicos 1541 por cento, seguido do presidente da Wells Fargo, John Stumpf, que mesmo tendo baixado o seu salário em 6 por cento, arrecadou 12,2 milhões de euros em 2010.
No terceiro lugar está James Gorman, do Morgan Stanley, com um rendimento anual de 10,3 milhões de euros, seguido por Lloyd Blankfein, da Goldman Sachs, que com um espectacular aumento de 1536 por cento entre 2009 e 2010 arrecadou 9,8 milhões de euros.
Só depois surge um europeu, Brady Dougan, do Credit Suisse, com 8,2 milhões de euros de remuneração (menos 33 por cento). Dourgan só é o quinto mais bem pago do mundo porque o executivo do Santander, Alfredo Sáenz, não é incluído no ranking. Caso contrário, os 9,1 milhões de euros cobrados em 2010 colocariam o espanhol no seu lugar.
Outro europeu, Stephen Hester, do Royal Bank of Scotland, entidade resgatada pelo Estado britânico, arrecadou 8 milhões de euros, ficando-se pelo sexto lugar.