Golpe na farsa dos computadores
Os supostos arquivos do computador de Raúl Reys não são meio de prova, decidiu o Supremo Tribunal da Colômbia. Com esta decisão, o jornalista sueco da Anncol, Joaquín Pérez Becerra, o mais recente acusado de ligação às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) com base nestes mesmos arquivos, terá de ser libertado pelas autoridades colombianas.
O computador do guerrilheiro das FARC, morto num bombardeamento das Forças Armadas colombianas em território do Equador, teria alegadamente sobrevivido à explosão de vários mísseis com mais de 500 quilos, ao lançamento de dezenas de rockets e rajadas de metralhadora disparadas durante o ataque.
Segundo o governo, conservava intactos arquivos que ligavam às FARC militantes revolucionários e progressistas; estados, chefes de Estado e membros de governos, entre os quais Hugo Chávez, da Venezuela, e Rafael Correa, do Equador, e organizações políticas e sociais.
Para o Supremo, o que inquina os ficheiros como meio de prova é o facto de terem permanecido três dias nas mãos dos Comandos do exército, da própria Interpol ter admitido que mais de 48 mil arquivos foram removidos, apagados ou alterados, e o facto de alguns destes terem data de 2014 e outras posteriores ao assassinato do comandante das FARC.