Movimentações de massas no Chile

Governo responde com repressão

O executivo chileno reprimiu os protestos que quinta e sexta-feira mobilizaram dezenas de milhares de chilenos em todo o país. Cerca de 90 pessoas acabaram detidas e dezenas resultaram feridas na sequência da repressão.

No dia 13, na capital do país, Santiago, mais de 30 mil protestaram contra a construção de cinco barragens na Patagónia, projectos hidroeléctricos adjudicados às empresas Endesa Chile, filial da multinacional espanhola, e à chilena Colbún.

À contestação popular desenrolada de forma pacífica, responderam as autoridades com cargas policiais, lançamento de granadas de gás lacrimogéneo e canhões de água. 67 pessoas acabaram detidas.

Cenário indêntico ocorreu em Valparaíso, mas nas cidades de Iquique, La Serena, Concepción, Chillán, Temuco e Valdivia, as iniciativas de massas não registaram confrontos entre manifestantes e uniformizados.

No dia anterior, também na capital chilena, desfilaram estudantes e professores em defesa de reformas no sector. Discentes e docentes, mobilizados pela confederação estudantil e apoiados pelo sindicato dos professores e outras estruturas representativas de funcionários do Estado, pretendem que o governo liderado por Sebatian Piñera aumente o financiamento das instituições públicas; reveja os montantes canalizados para as bolsas de estudo e altere as regras de acesso àquele apoio; reforme o sistema de participação democrática nas escolas.

Mas o empresário e presidente do Chile não parece disposto a ouvir as reivindicações e ordenou ao corpo de intervenção que dispersasse à força a iniciativa. Pelo menos 18 estudantes acabaram detidos em Santiago, não havendo informações do sucedido em Valparaíso, Concepción, Iquique, Serena, Valdívia e Porto Montt.



Mais artigos de: Internacional

«Os ricos que paguem a crise»

Milhares de pessoas manifestaram-se, quinta-feira e sexta-feira, em Nova Iorque e na Califórnia, contra os cortes orçamentais e exigiram que sejam os responsáveis e beneficiários da crise a pagar a factura.

Israel mata 18 palestinianos

O exército israelita reprimiu com violência os protestos populares que assinalaram o 63. aniversário do início da expulsão dos palestinianos dos seus territórios. 18 pessoas foram assassinadas e centenas ficaram feridas, algumas das quais em estado grave.

Britânicos forjaram justificação

Um antigo dirigente dos serviços secretos britânicos e ex-porta-voz de Tony Blair admite que o dossier sobre as armas de destruição massiva do Iraque foi forjado para justificar a invasão e ocupação daquele país. De acordo com informações divulgadas...

NATO mata

As forças imperialistas continuam a castigar fortemente a população líbia. Os ataques contra edifícios residenciais e militares intensificaram-se na capital, Tripoli, bem como em Brega e outros cidades nodais na defesa do país. No total, mais de 200 civis já morreram em...

Licença para matar

São eles que sujam as mãos. Fazem o que as forças armadas dos Estados nem sempre podem fazer. Os mercenários têm carta branca para assassinar e torturar indiscriminadamente. A maioria é composta por ex-militares e polícias. Mas também há traficantes e...