Aljustrel quer produzir

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O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira emitiu, dia 7, um comunicado dirigido à população de Aljustrel onde reclama o funcionamento em pleno da mina.

Lembrando que a retoma da extracção é devida a «uma luta com grande determinação e dignidade» que obrigou o Governo a responder positivamente à reivindicação dos mineiros, o sindicato salienta que a Almina, empresa criada pelo Grupo Martifer, que detém a concessão da mina, recebeu do Estado 136,8 milhões de euros para iniciar a extracção, tendo-se comprometido a criar 900 postos de trabalho.

«Não só não se verificou a criação desde número de postos de trabalho, como na empresa são praticados baixos salários e violados sistematicamente os direitos dos trabalhadores», refere o sindicato. Criados foram apenas 400 empregos, e os mineiros mais experientes têm sido substituídos por trabalhadores sem formação específica nem experiência profissional e pior remunerados, informa o sindicato.

Dois anos e meio depois, «a prometida retoma da extracção não tem sido mais do que uma sucessão de simulações atrás de simulações», acusa o STIM/CGTP-IN.

Numa altura em que o valor do cobre e do zinco atingem valores inéditos, o sindicato considera estranho que dois anos e meio depois da atribuição da concessão «não tenha saído uma grama de cobre ou zinco» da mina.

Lembrando que «o negócio» da concessão «cheira a propaganda desde o princípio», o sindicato salienta que a luta dos mineiros tem resultado na salvaguarda das condições para a laboração da mina, enquanto o Governo continua a «esconder o contrato assinado com a empresa».

Para reclamar a extracção em pleno do minério, o sindicato anunciou que vai organizar uma acção pública, em data a anunciar.



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