Reabram os bingos do Porto

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Para exi­girem uma so­lução que ga­ranta a ime­diata re­a­ber­tura dos bingos Bra­sília e Olímpia, os tra­ba­lha­dores destas salas de jogo do Porto es­ti­veram no dia 24, quinta-feira, em Lisboa e ma­ni­fes­taram-se frente à As­sem­bleia da Re­pú­blica e nas ime­di­a­ções da se­cre­taria de Es­tado do Tu­rismo (Mi­nis­tério da Eco­nomia). Quer em São Bento, quer no Ca­mões, os tra­ba­lha­dores e o Sin­di­cato da Ho­te­leira e Tu­rismo do Norte, da CGTP-IN, cha­maram a atenção para a si­tu­ação em que se en­contra uma cen­tena de fa­mí­lias, co­lo­cada no úl­timo dia do ano pe­rante o anúncio de que os bingos já não re­a­briam as portas em Ja­neiro, feito pela em­presa SNGB, a quem a con­ces­si­o­nária Varzim Sol en­tregou a gestão das salas.

O en­cer­ra­mento dos bingos é ilegal, porque não foi pre­vi­a­mente au­to­ri­zado pelo Es­tado, e as em­presas também não en­cer­raram, nem houve des­pe­di­mento co­lec­tivo. Desde 2 de Ja­neiro, os tra­ba­lha­dores ocupam os seus postos de tra­balho, dia e noite, mas não re­cebem sa­lá­rios. Sur­giram quatro em­presas a ma­ni­festar in­te­resse na ex­plo­ração dos bingos, as­se­gu­rando os postos de tra­balho, mas o Go­verno não en­tregou a con­cessão a ne­nhuma, mesmo de­pois de já pu­bli­cada nova le­gis­lação sobre o jogo do bingo. Foi também re­cu­sada a pro­posta dos tra­ba­lha­dores para serem eles a as­se­gurar a gestão dos dois bingos, ou para o Go­verno a as­se­gurar, com uma co­missão ad­mi­nis­tra­tiva ou por via de uma das en­ti­dades pú­blicas de tu­rismo.

Ao fim da manhã, os tra­ba­lha­dores ti­nham es­tado junto ao edi­fício da Ins­pecção de Jogos (na de­pen­dência do Tu­rismo de Por­tugal), onde pe­diram a de­missão do ins­pector-geral, An­tónio Ale­gria, por blo­queio à re­so­lução do pro­blema.



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