O Partido que dá confiança
O Centro de Trabalho da Boavista do PCP, no Porto, acolheu no dia 4 mais de três centenas de militantes comunistas, na reunião de quadros da Organização Regional do Porto, que contou com a presença de Jerónimo de Sousa.
É crucial prosseguir e intensificar a luta de massas
Além da grande participação em número de presenças foi também considerável a quantidade de intervenções focalizadas nas lutas desenvolvidas e a desenvolver nos diversos sectores e regiões daquele distrito. Coube a Jaime Toga, responsável da DORP e membro da Comissão Política do Comité Central, começar a elencar desafios e tarefas que se colocam a todas as organizações neste momento.
É crucial «prosseguir e intensificar a luta de massas», sublinhou este dirigente do Partido, realçando as acções «já marcadas pelo movimento sindical e nas quais o PCP se deve envolver», exemplificando com os sectores dos transportes, correios e Administração Pública e a manifestação nacional de jovens trabalhadores em torno do 28 de Março. Jaime Toga referiu também a importância do recrutamento e responsabilização de novos militantes. Nas intervenções que se seguiram, os quadros do Partido fizeram o balanço das lutas realizadas, analisando também as condições, o ambiente social e a disponibilidade das massas para as mesmas que, como afirmara Jaime Toga na intervenção inicial, não poderia estar ausente daquela reunião.
Presente nas várias intervenções efectuadas estiveram temas tão variados – e fulcrais – como os transportes; os problemas que se colocam aos jovens na escola e no trabalho; as tentativas de cerceamento das liberdades políticas, nomeadamente na propaganda, que tem atingido particularmente o PCP, alvo de repetidos ataques por parte da autarquia na cidade do Porto; a ofensiva ao movimento sindical, com a intenção do actual Governo que afastar os sindicatos da contratação colectiva, entre outros. Houve também oportunidade para o debate em torno das eleições presidenciais, tendo muitos participantes reconhecido o valoroso trabalho feito na divulgação das propostas da candidatura comunista aos trabalhadores e à população.
Segunda vaga da ofensiva
Jerónimo de Sousa, na intervenção que encerrou a reunião, considerou, a propósito das presidenciais, que «tendo em conta o ponto de partida», as condições adversas em que foi travada esta batalha, é uma «candidatura e um candidato que devem ser valorizados». O Secretário-geral do Partido considerou que Francisco Lopes merece essa valorização pela forma «militante, generosa, combativa, persistente e inteligente» como travou esta batalha – palavras que arrancaram um enorme aplauso às centenas de militantes ali presentes.
Nas suas palavras, Jerónimo de Sousa chamou a atenção para o que considera ser uma «segunda vaga de ofensiva contra os direitos dos trabalhadores», considerando que é agora que se «começa a reflectir toda a dimensão das malfeitorias» deste Orçamento do Estado – o mesmo momento em que três bancos «anunciavam cerca de mil milhões de euros de lucro, pagando menos impostos». Para o dirigente comunista, o PCP é «cada vez mais necessário para os trabalhadores e o nosso povo». É um Partido «indispensável», que «dá confiança, que não trai», acrescentou.