A resposta ao endividamento

Reiterada pela formação comunista no decurso do debate do OE foi a exigência de uma outra postura face à chantagem e pressão do sistema financeiro internacional sobre a dívida soberana do nosso País. Como foi dito, «não é com a abdicação dos interesses nacionais que se travará a especulação e se encontrarão respostas para o endividamento nacional».

«A resposta a este saque da economia nacional não está nas ditas medidas de austeridade, na cedência à agiotagem ou no recurso ao FMI ou ao chamado Fundo de Garantia da União Europeia», esclareceu António Filipe, defendendo que a saída está, isso sim, na adopção de «medidas adequadas para a diversificação das fontes de financiamento», de «uma «política de emissão de dívida pública a investidores individuais nacionais incentivando a poupança interna», na intervenção «firme e patriótica junto da União Europeia no sentido da alteração dos estatutos e orientações do BCE, da suspensão do Pacto de Estabilidade, do fim dos paraísos fiscais e da taxação dos movimentos de capitais especulativos».

Mas a questão mais decisiva para responder ao problema do endividamento externo, na perspectiva do PCP, é o crescimento económico e a promoção da produção nacional. Só assim, «em vez de produzir menos para dever mais», Portugal pode «produzir mais mais e exportar mais para dever menos».



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