Arrábida a Património da Humanidade

PCP promove candidatura

O PCP pro­moveu, an­te­ontem, uma ini­ci­a­tiva de apoio à can­di­da­tura da Ar­rá­bida a Pa­tri­mónio Mun­dial. Je­ró­nimo de Sousa su­bli­nhou o po­ten­cial do ter­ri­tório e de­fendeu «o uso mais ra­ci­onal e es­tra­té­gico dos seus re­cursos na­tu­rais».

«A Ar­rá­bida é um exemplo vivo de que Por­tugal tem po­ten­ci­a­li­dades»

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Pros­se­guindo o con­junto de ini­ci­a­tivas de­sen­vol­vidas no âm­bito da de­fesa e va­lo­ri­zação da­quele pa­tri­mónio, di­ri­gentes do Par­tido, eleitos na As­sem­bleia da Re­pú­blica (AR) e nas au­tar­quias lo­cais e ou­tros con­vi­dados - entre os quais pro­fes­sores uni­ver­si­tá­rios, in­ves­ti­ga­dores e res­pon­sá­veis do Museu de Ar­que­o­logia e Et­no­grafia de Se­túbal e do Parque Na­tural - vi­si­taram, terça-feira, a Serra da Ar­rá­bida, apro­fun­dando o co­nhe­ci­mento sobre as di­fi­cul­dades e mais-va­lias per­sis­tentes.

A ini­ci­a­tiva per­correu os três con­ce­lhos que par­ti­lham o ter­ri­tório, por isso, na in­ter­venção de en­cer­ra­mento, o Se­cre­tário-geral do PCP lem­brou «o enorme es­forço que um con­junto de en­ti­dades se­di­adas nesta re­gião e fora dela têm vindo a de­sen­volver com vista à pro­moção da can­di­da­tura da Ar­rá­bida a Pa­tri­mónio da Hu­ma­ni­dade», com des­taque para a As­so­ci­ação de Mu­ni­cí­pios de Se­túbal e para «todos os par­ceiros en­vol­vidos di­rec­ta­mente ao nível da Co­missão Exe­cu­tiva: CM Pal­mela, CM Se­simbra, CM Se­túbal e Ins­ti­tuto de Con­ser­vação da Na­tu­reza e da Bi­o­di­ver­si­dade».

Je­ró­nimo de Sousa va­lo­rizou, igual­mente, «as par­ce­rias es­ta­be­le­cidas no âm­bito da can­di­da­tura com as ins­ti­tui­ções aca­dé­micas e ci­en­tí­ficas».

Cul­mi­nando um dia in­teiro de in­tenso tra­balho, o di­ri­gente co­mu­nista lem­brou ainda que o PCP apre­sentou, em Julho, na AR, um pro­jecto com o ob­jec­tivo de pro­mover o alar­ga­mento do apoio à can­di­da­tura da Ar­rá­bida a Pa­tri­mónio da Hu­ma­ni­dade.

 

Po­ten­cial es­tra­té­gico

 

«Do Cas­telo de Pal­mela ao Cabo Es­pi­chel en­contra-se uma ex­tensão de ines­ti­mável ri­queza, plena de be­leza e de es­panto». «Po­ten­cial ci­en­tí­fico, hu­mano, na­tural, so­cial, cul­tural e eco­nó­mico» cuja «con­sa­gração como pa­tri­mónio de toda a Hu­ma­ni­dade pode con­tri­buir para a sua pre­ser­vação sem pe­na­li­zação das ac­ti­vi­dades tra­di­ci­o­nais», pro­mo­vendo «um uso mais ra­ci­onal e es­tra­té­gico dos seus re­cursos na­tu­rais, de­vi­da­mente en­qua­drado na acção das au­tar­quias e do Es­tado».

Tal, con­ti­nuou Je­ró­nimo de Sousa, pode abrir «ca­minho a um rumo de de­sen­vol­vi­mento que se li­berte da ex­plo­ração e da des­truição, ainda que gra­dual e dis­si­mu­lada, dos re­cursos que com­põem a mag­ní­fica Cor­di­lheira da Ar­rá­bida, sem que, no en­tanto, dessa opção de­corra qual­quer perda para o te­cido eco­nó­mico e pro­du­tivo, antes pelo con­trário, o re­o­ri­ente para a ex­plo­ração justa e sus­ten­tável da ri­queza que a Ar­rá­bida nos dá».

«No es­sen­cial, o Parque Na­tural da Ar­rá­bida tem sido su­jeito a uma si­tu­ação que re­sulta da falta de in­ves­ti­mento real na con­ser­vação da na­tu­reza, na ma­nu­tenção e pro­tecção dos va­lores bi­o­ló­gicos e ge­o­ló­gicos e da du­a­li­dade de cri­té­rios po­lí­ticos que con­ti­nuam a per­mitir a uti­li­zação de co-in­ce­ne­ração de re­sí­duos in­dus­triais pe­ri­gosos e a es­ti­mular, em vez de ir con­tendo, o de­sen­vol­vi­mento de in­dús­tria pe­sada e ex­trac­tiva na Serra ou no seu pe­rí­metro pró­ximo, en­quanto proíbe e pe­na­liza em muitos as­pectos a po­pu­lação ha­bi­tante e muitos vi­si­tantes», con­si­derou ainda o se­cre­tário geral do PCP.

«Por isso, entre ou­tros as­pectos, temos de­fen­dido que se abra o pro­cesso de re­visão de Plano de Or­de­na­mento do Parque Na­tural», afirmou, des­ta­cando a ne­ces­si­dade da «de­fesa das ac­ti­vi­dades que servem as po­pu­la­ções e ga­rantem o seu modo de vida».

«Num quadro de crise em que tudo afu­nila para o ca­pital fi­nan­ceiro, a Ar­rá­bida é um exemplo vivo de que Por­tugal tem po­ten­ci­a­li­dades de en­cetar um rumo es­tra­té­gico de de­sen­vol­vi­mento, bem estar e pro­gresso para o seu povo», con­cluiu.



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