Dar mais força à luta
A X Assembleia da Organização Concelhia do Barreiro do PCP, realizada no sábado, assumiu como prioritária a intensificação da luta contra a política de direita e a mobilização para a Greve Geral de 24 de Novembro.
Só com um Partido mais forte será possível construir o socialismo
Tendo como lema Lutar por Abril, reforçar o PCP, a Assembleia contou com a participação de 260 delegados, eleitos nas assembleias plenárias das organizações de base. Realizada num momento em que os trabalhadores e o povo estão a ser alvo de fortíssimos ataques contra os seus direitos e condições de vida, a Assembleia assumiu como prioritária a ruptura com as actuais políticas e a necessidade da luta por uma política patriótica e de esquerda.
O reforço da organização e intervenção do Partido foi outro dos assuntos a merecer uma especial atenção na Assembleia. Os comunistas barreirenses consideram que face aos desafios que estão colocados à classe operária, aos trabalhadores e a todas as camadas laboriosas do povo só com um PCP mais forte e interventivo será possível romper com a exploração e empreender a construção de uma democracia avançada e do socialismo.
Nas 40 intervenções realizadas, abordou-se a realidade concelhia nas suas diversas vertentes, da situação social e laboral nas empresas às autarquias. Para além dos militantes comunistas do concelho, tomaram da palavra Margarida Botelho, membro da Comissão Política e responsável pela Direcção da Organização Regional de Setúbal do Partido, e Francisco Lopes, dos organismos executivos do Comité Central e candidato à Presidência da República.
Este último abordou diversas questões actuais da situação política nacional e destacou a importância de um candidato que protagoniza um projecto próprio que aponta o caminho da participação activa da luta dos trabalhadores e do povo português – a única que assegurará a derrota da política que compromete o presente e o futuro do País, contribuindo para a convergência das forças patrióticas e de esquerda.
A resolução política foi aprovada, na sequência do debate e de 145 alterações propostas pelos delegados. Foram ainda aprovadas quatro moções: uma reafirmando a defesa da concretização da Terceira Travessia do Tejo (Chelas-Barreiro) com as três vertentes; outra manifestando o empenhamento da organização do Partido na campanha presidencial de Francisco Lopes; outra ainda apoiando a manifestação de 20 de Novembro da Campanha «Paz Sim! NATO Não!»; e, finalmente, uma última relativa à Greve Geral.
A nova Comissão Concelhia, composta por 47 elementos, tem uma maioria operária e reflecte a participação activa e intensa dos membros do Partido nas diversas organizações do movimento operário, associativo e popular do concelho, sendo que 40 por cento dos seus membros não integravam o anterior organismo dirigente.