População prejudicada
Por iniciativa da CDU, a Assembleia Municipal de Valongo aprovou, há dias, uma moção contra a introdução de portagens nas SCUT, uma medida que o Governo pretende fazer a partir do dia 15 de Outubro, e que os comunistas consideram «lesar gravemente o interesse das populações servidas e o tecido económico da Área Metropolitana do Porto e, em particular, do concelho, pondo em causa a coesão do território nacional». «O concelho de Valongo, por ser atravessado por uma destas vias e deter uma malha de acessibilidades intimamente articulada com outras, será especialmente afectada pela introdução de portagens, em claro prejuízo do seu dinamismo económico, coesão territorial e articulação com o espaço regional envolvente», refere o texto da moção, que contou com a abstenção do PS.
Para ilustrar a situação, os eleitos do PCP dão o exemplo da Freguesia de Alfena, onde estão a ser feitos ou projectados investimentos que, em grande medida, «não o teriam sido não fora a situação favorável, isto é, com custos reduzidos dada a inexistência de portagens, das acessibilidades locais».
Em Miragaia, também por proposta da CDU, a Assembleia de Freguesia aprovou, por unanimidade, uma moção onde se critica a concessão de «apoios suplementares» a apenas duas das 15 de juntas de freguesia do Porto. «Tal constitui uma atitude não só discriminatória face às restantes juntas de freguesia, que não receberam da Câmara qualquer apoio suplementar, mas sobretudo de benefício a infractores: aquelas dívidas resultaram do incumprimento do Protocolo estabelecido com o município para gestão de parques de estacionamento», sustenta o documento.
Por unanimidade, foram ainda aprovadas duas moções, uma sobre os 100 anos da República, e outra onde se critica a fusão do Agrupamento de Escolas de Miragaia com o de «Rodrigo de Freitas» e a sua subordinação a este.
Os eleitos do PCP apreciaram ainda a informação trimestral da Junta de Freguesia, «que mais uma vez revela um executivo sem inspiração e incapaz de um “golpe de asa”, ou até mesmo do cumprimento das mais elementares obrigações».