Mineiros exigem soluções

O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira reclamou à ministra do Trabalho medidas que solucionem os problemas verificados nas minas de Aljustrel e de Neves-Corvo. A exigência consta num ofício entregue a Helena André, que visitou Aljustrel na segunda-feira, e divulgado no sítio internet da Fiequimetal/CGTP-IN.

Na mina de Neves-Corvo, os trabalhadores da EPOS (Empresa Portuguesa de Obras Subterrâneas, subcontratada pela Somincor, a quem está concessionada a exploração mineira) encontram-se em situação de «precariedade extrema»: em mais de 400, apenas 16 têm vínculos efectivos.

A estes trabalhadores não são permitidas funções de extracção de minério, como confirmou o próprio gabinete da ministra, revelou o STIM, salientando que as empresas não têm quaisquer acções de formação de mineiros.

As condições de trabalho deixam também muito a desejar em Neves-Corvo. O STIM refere problemas de ventilação, de poeiras em suspensão, temperaturas elevadas e níveis excessivos de humidade. Estas situações foram colocadas pelo sindicato à Autoridade para as Condições do Trabalho, ACT, cujo director-regional é acusado de inércia.

Em Aljustrel, mais de um ano depois de a mina ter sido concessionada à Almina, a quem foram disponibilizados 137 milhões de euros do erário público para que retomasse a actividade, a empresa do Grupo Mota e Engil «em vez de concentrar-se nas medidas necessárias para pôr a mina a produzir, está claramente empenhada em atacar os direitos dos trabalhadores e os seus legítimos representantes».

Com a paragem da laboração, na mina de Aljustrel perderam-se cerca de 500 postos de trabalho, recordou o STIM, salientando a necessidade de retoma da laboração para potenciar o emprego numa região com cerca de 10 mil trabalhadores no desemprego, 70 por cento dos quais há mais de um ano.



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