Salários em atraso
A propósito da última proposta apresentada pelo Governo para o «saneamento financeiro» da Casa do Douro, a AVIDOURO recorda, em nota de imprensa, que o assunto «arrasta-se há mais de 20 anos, com os sucessivos governos a adiarem soluções enquanto contribuiam para o agravamento da situação geral da Casa do Douro e das adegas cooperativas da região demarcada».
«Fundamentalmente, com as reformas feitas a partir de 1995 – com a criação da CIRDD, Comissão Interprofissional, depois com o IVDP, Instituto do Vinho do Douro e Porto – foram sendo retiradas competências à Casa do Douro: no benefício e intervenção reguladora no mercado dos vinhos, na venda da aguardente vínica, ultimamente no cadastro vitícola. Ou seja, retiraram funções e as respectivas receitas à Casa do Douro sem nunca a compensar por isso. Com grande proveito para as grandes empresas/casas exportadoras e manifesto prejuízo para os vitivinicultores e para a região», afirma a AVIDOURO, que acusa o Governo de estar a «pressionar» e a «chantegear» a Casa do Douro, aproveitando-se da sua difícil situação financeira e dos «drama humano» dos seus trabalhadores para «pressionar esta instituição». «No imediato, o Governo deve transferir as verbas para regularização dos vários meses de salário em atraso aos trabalhadores», informa a AVIDOURO.
Na sexta-feira, os representantes da AVIDOURO esperaram o ministro da Agricultura, na Régua, e entregaram-lhe um documento onde se contesta as propostas do Executivo PS.