Contra as portagens
A Assembleia da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo aprovou, por unanimidade, uma moção, resultado de uma fusão de três apresentadas pela CDU, PSD e deputado independente, contra a introdução de portagens na A23 - Auto Estrada da Beira Interior, que atravessa os distritos da Guarda, Castelo Branco, Portalegre e Santarém.
«Não há qualquer justificação técnica ou política que possa promover a introdução de portagens neste troço da A23 (que corresponde ao antigo IP6) porque só a partir da localização de Abrantes/Mação se inicia a concessão à empresa SCUTVIAS. Tal significa que não há perda de receita, não implica renegociação do contrato de concessão, o Estado não perde receitas», acentua o documento, frisando que a «implementação de portagens na A23 prejudica a coesão territorial, na medida em que esta só é real se for mantida uma descriminação positiva, de forma a contrariar o êxodo das populações do interior para o Litoral».
«A implementação de portagens nas SCUT, de um modo geral, e em particular na A23, agravará a crise económica e social, que comprovadamente afecta a nossa região face às repercussões nas micro, pequenas e médias empresas e no tecido social que delas depende», acrescenta a moção.
Também as comissões de utentes Contra as Portagens nas SCUT do Norte Litoral, Grande Porto e Costa da Prata, que estão a promover um abaixo assinado que pode ser subscrito em www.contraportagens.net, aprovaram uma tomada de posição conjunta lamentando que o PS, com o apoio do PSD, tenham «inviabilizado a suspensão da legislação sobre as portagens nas SCUT». «Graças à luta dos utentes no passado foi possível adiar todo o processo de colocação de portagens e é nossa convicção que no futuro será possível estragar novamente os planos daqueles que de forma injusta procuram penalizar os mesmo de sempre», defendem os utentes.