120 milhões de pobres na UE
Os ministros dos Assuntos Sociais da UE admitiram que o número de pessoas em situação de exclusão ou de pobreza possa ser cifrado em 120 milhões. Na reunião de dia 7 no Luxemburgo, os governantes adoptaram para além do critério clássico, que considera em «risco de pobreza» qualquer pessoa que aufere menos de 60 por cento do rendimento médio nacional, outros dois indicadores que, juntos ao primeiro, elevam o número de pobres para 120 milhões.
Assim, caso os governos entendam usá-los, são igualmente critérios de pobreza a situação de «carência material» e «o facto de viver em famílias sem emprego». Apesar de reconhecerem que mais de um quinto da população da UE vive com grandes dificuldades, os ministros estabeleceram como objectivo até 2020 conseguir tirar da pobreza apenas 20 milhões de cidadãos, ou seja, um em cada seis pobres de facto.
Mesmo assim, muitos são os governos que qualificam o objectivo de «ambicioso» e duvidam do seu realismo. Nomeadamente, alegam que «é difícil de avaliar antecipadamente os impactos da crise», como notou o representante da República Checa. Para 2015 ficou marcada uma reunião para analisar resultados intercalares.