Despedimentos e repressão

No Porto, os vigilantes aeroportuários da Prosegur cumpriram uma concentração, na noite de dia 1, no terminal de partidas do aeroporto, contra a extinção de cerca de 160 postos de trabalho, ocorrida à meia-noite daquele dia. Na mesma tarde, os trabalhadores foram informados de que iam ser notificados da sua dispensa, continuando a receber apenas o salário-base e sem saberem onde serão futuramente colocados, informou à Lusa a delegada sindical no aeroporto, Dulce Teixeira.

Nos Açores, a mesma empresa privada de segurança despediu, na Ilha das Flores, um destacado activista e dirigente sindical, militante do PCP (ver página 11).

Na Petrogal, a Comissão Sindical Negociadora da Fiequimetal/CGTP-IN (CSN) apelou à continuação da luta pela melhoria dos salários reais e contra «o terrorismo psicológico da administração».

Num comunicado de dia 31, revelou que a administração da Petrogal efectuou descontos nos vencimentos dos aderentes à greve, cumprida no mês passado, «superiores aos períodos efectivos da paralisação». Afirmando tratar-se de «uma acção ilegal, integrada na estratégia terrorista da administração», que visa «criar um clima intimidatório que impeça os trabalhadores de exercerem plenamente os seus direitos», a CSN considera prioritária a continuação da «luta firme no terreno», articulada com a acção jurídica, lembrando que já instaurou um processo-crime contra o director de recursos humanos da Petrogal, e marcou reuniões e plenários, para este mês.



Mais artigos de: Trabalhadores

Contra a discriminação

O SEP suspendeu os primeiros dias da greve que se iniciava hoje, mantendo os restantes dias e a manifestação nacional, dia 18, por carreiras dignas, horários de trabalho que os respeitem e contra a precariedade.

Interesses poupados

O Governo, «para manter intactos alguns dos grandes interesses financeiros, decide resolver os problemas de liquidez financeira do País à custa das crianças e das populações mais desfavorecidas».

<i>Kemet</i> e <i>Visteon</i> em luta

Noventa por cento dos trabalhadores da multinacional Kemet Electronics, em Évora, cumpriram, dia 4, uma greve de 24 horas, estando prevista nova paragem no dia 11, contra um corte de 28 por cento nos salários, depois de ter sido «suprimido o subsídio de turno e o complemento por trabalho...

Contra 45 horas no ISS

A federação e os sindicatos da Função Pública, filiados na CGTP-IN, estão a discutir com os trabalhadores do Instituto da Segurança Social uma luta nacional, para suster a adaptabilidade dos horários, até 45 horas semanais, oferecida ao Governo pelas...

Imposto de classe inconstitucional

As principais medidas fiscais aprovadas pelo Governo, com o apoio do PSD, «determinarão um aumento muito significativo da carga fiscal que incide sobre os trabalhadores e os reformados, mas não alteram significativamente a carga fiscal que incide sobre as empresas», comentou a CGTP-IN. O...

«Golpada» no abono de família

Com «a golpada da revogação do montante adicional do abono de família», o Governo acaba com «uma medida de protecção social que nada tem, nem nunca teve, a ver com as medidas excepcionais e transitórias de apoio aos desempregados». Em nota à...