Com «a golpada da revogação do montante adicional do abono de família», o Governo acaba com «uma medida de protecção social que nada tem, nem nunca teve, a ver com as medidas excepcionais e transitórias de apoio aos desempregados». Em nota à imprensa, a CGTP-IN afirma que o Executivo de Sócrates e Helena André, «à “boleia” destas medidas, visa reduzir a protecção social das crianças» e retoma o diploma de Bagão Félix (2003) que o PS, que na altura, tanto criticou.

Para se perceber quem fica excluído, por pertencer ao tal 1.º escalão, a CGTP lembra que uma família com rendimento igual ao valor do salário mínimo (475 euros) só tem direito ao adicional se tiver dois filhos com direito ao abono de família; se auferir dois salários mínimos (950 euros), já tem de ter quatro filhos...

No projecto de decreto-lei que revoga as «medidas excepcionais de estímulo à economia» apenas surgem medidas excepcionais e transitórias de protecção social no desemprego.