Dar combate ao abandono
No concelho de Viseu, como no resto do País (fundamentalmente nas regiões do interior), a situação social agravou-se brutalmente nos últimos meses. A taxa de desemprego «oficial» atinge já os 12,2 por cento, o que equivale a quase 5700 trabalhadores inscritos nos Centros de Emprego. Para este número muito contribuíram os encerramentos de empresas, entre as quais se contam a Sumol, a Comervisauto, a Peter Pan, a Soíma, a Tipografia Guerra, entre outras. O comércio tradicional atravessa também um momento particularmente difícil.
Tudo isto esteve em análise no domingo, na assembleia da organização concelhia de Viseu do PCP. Aí valorizou-se também a luta desenvolvida nos últimos anos pelos trabalhadores e pelas populações do concelho. Por exemplo, na Greve Geral de Maio de 2007, aderiram pela primeira vez os trabalhadores dos transportes públicos da cidade; a luta dos professores atingiu níveis inéditos também no concelho, numa manifestação em que participaram mais de 4 mil docentes; ou a luta dos estudantes, com grande expressão em Viseu.
O PCP, que apoiou e incentivou todas estas lutas, desenvolveu em nome próprio algumas acções, em especial em defesa da liberdade e da democracia, contra a retirada ilegal de propaganda do Partido e contra a repressão que se abateu sobre militantes da JCP por pintarem um mural – condenados em primeira instância e, depois, absolvidos.
O recrutamento, em especial de sindicalistas e independentes que figuraram nas listas da CDU, o aumento da quotização, o incremento da difusão da imprensa são algumas das linhas de acção para o futuro. Para 2012 ficou agendada a próxima assembleia.