Utentes da Margem Sul do Tejo exigem «melhores transportes»
A Comissão de Utentes dos Transportes da Margem Sul (CUTMS) promoveu, sábado, no Miratejo (Seixal), um debate sobre o «deficiente» serviço de transportes prestado às populações. No encontro foi aprovada uma moção que reclama «melhores transportes» para os concelhos de Almada e Seixal.
As críticas estendem-se, nomeadamente, aos TST (Transportes Sul do Tejo) que «não têm em conta» as necessidades das populações, com a alteração das carreiras, horários e percursos. Por outro lado, denuncia o documento, «os utentes estão confrontados com a total descoordenação entre os vários operadores, todos integrados no sector privado - TST, Fertagus e Metro Sul do Tejo (MST) - nas ligações entre si, locais de residência e a outros operadores, como por exemplo a Transtejo no Seixal e em Cacilhas e ainda a Carris nas respectivas ligações para/em Lisboa».
A manutenção da Fertagus fora do passe social intermodal com os elevados preços praticados, os custos adicionais sobre o valor do Passe Social em nove euros, para os utentes do MST, a juntar aos tarifários dos parques de estacionamento, é outra das questões que preocupa o movimento de utentes, uma vez que «sobrecarrega financeiramente as famílias, como não torna aliciante o uso do transporte público, em detrimento do transporte individual, com custos energéticos e ambientais associados».
«Toda esta realidade existe em virtude dos vários governos, não só terem entregue aos privados a concessão deste importante e estratégico sector, como ainda por cima, o actual não fiscaliza e mantém as chorudas indemnizações compensatórias a essas empresas, apesar da continuada degradação da qualidade de serviço prestado às populações», acentua na moção a CUTMS.