MDM reclama intervenção da UE
O Movimento Democrático de Mulheres aprovou no seu 8.º Congresso, que se realizou nos dias 15 e 16 de Maio em Lisboa, uma moção onde se reclama da União Europeia uma «posição justa e imparcial» no que respeita à questão do Sahara Ocidental.
No documento, o MDM reitera o apoio à coragem da luta das mulheres e do povo saharaui e denuncia a «inaceitável e injusta» situação das violações dos direitos humanos nos territórios ocupados. Nesse sentido, exige-se o «imediato» cumprimento de todas as resoluções das Nações Unidades que reconhecem o Sahara Ocidental o seu direito à autodeterminação e à independência e que continuamente está sendo «boicotado» por Marrocos.
O MDM insta ainda a comunidade internacional a «reconhecer» a República Árabe Saharaui Democrática (RASD), como estado africano soberano e independente, tal como o fizeram mais de 80 países no mundo. Por último, a moção reclama da União Europeia o fim ao tratamento preferencial que o Reino de Marrocos tem vindo a gozar em termos económicos e políticos, e ao termo da violência perpetuada nos territórios ocupados, assim como a espoliação dos recursos naturais do Sahara Ocidental.
Durante os dois dias, sob o lema «Em Movimento - Sonhar e Viver Melhor - Mulheres pela Igualdade», o Congresso do MDM desenvolveu-se em dois tempos, sendo o primeiro dia dedicado à discussão e intervenção das congressistas, bem como à eleição dos órgãos de direcção nacional para os próximos quatro anos. O último dia contemplou as questões internacionais, tendo-se reforçado o intercâmbio de experiências com organizações que nos seus países lutam pela emancipação das mulheres, pela melhoria das suas condições de vida e pela paz.